segunda-feira, agosto 14, 2006

Dá que pensar !!!!!

Memórias de um Lobo Solitario
Ola meus amigos:

Certo dia quando saía do meu local de trabalho, que se situa num 6º andar, entrei no elevador e de repente, este imobilizou-se no 4º Andar.

Ai, entrou um casal, ambos de meia-idade, ambos advogados e com escritório no mesmo imóvel. Ela com o seu cigarrito no canto da boca e ele cabelos e barbar branca, com um imponente charuto na boca.
Bem…entraram no elevado, conversando ao mesmo tempo que fumavam e assim descemos todos ao rés-do-chão.
Á saída alertei ambos, pelo facto de virem a fumar no elevador.
O Sr. continuou o seu caminho como que se ninguém tivesse falado, por sua vez a Sr.ª. Doutora, melindrada com a chamada de atenção, num tom de voz esganiçado e alto, alegou que não havia em Portugal nenhuma lei que a proibisse de fumar no elevador, fazendo jus á sua actividade profissional e aos conhecimentos das Leis portuguesas
Como é evidente, não poderia por em causa os conhecimentos da Srª., apenas proferi que:
a boa educação e as boas maneiras, não se aprende em nenhuma faculdade…

Passados uns tempos, o episódio volta a repetir-se, para meu azar ou infortúnio dos meus companheiros de viagem, ambos com a boca preenchida pelo cigarrinho e pelo charuto.
Desde logo, e conforme me ensinou a minha rica mãezinha, os saudei com “Boa Tarde”…mas fui ignorado…continuando ambos a conversar e a fumar.

Bem meus amigos, foi então que resolvi fazer uma pausa em mais uma viagem e imobilizei o elevador entre o 4º e o 3º andar.

É evidente, que logo cativei a atenção dos meus queridos companheiros de viagem.

O Sr. Doutor, continuava impávido e sereno deleitando-se aos prazeres do seu fiel charuto, ao mesmo tempo que abanava a cabeça, tipo animal ruminante a sacudir as moscas.
Por sua vez a Sra. Doutora com sua habitual voz esganiçada que indagava o que eu estava a fazer, eu com um sorriso, tão perturbador como a sua voz, lhe respondi calmamente que - parei o elevador para fazer-mos uma pausa para eles fumarem e apreciarem o cigarrito e eu poder apreciar o aroma do charuto.

Foi aí que a amável senhora, me chamou maluco…vejam só …maluco…continuando a sorrir ironicamente, respondi que efectivamente era e sou maluco, devidamente credenciado pelo Hospital Magalhães Lemos, e que uma vez que a Sr.ª doutora era bem conhecedora das Leis Portuguesas, sendo eu maluco também o era inimputável.

Ó meus amigos, a senhora ao ouvir tal “uivo” soltado por este lobinho, logo perdeu a postura e lhe” estalou o verniz”, chamando muito coisa, mas como vozes de burro nunca chegaram ao céu, eu deixei-me estar no meu cantinho e o nobre senhor mudo e indiferente a tudo que o rodeava.

Passado uns minutos, lá carreguei eu no milagroso botão do elevador para seguir viagem. Mal a elevador chegou ao destino, o cavalheiro saiu distintamente enquanto a sua comparsa se escapava ás cores. Sim ás cores…branca pelo susto que apanhou; vermelha de raiva e azul pelo seu companheiro e amigo nada ter feito ou argumentado para salvar a honra de uma dama.

Por coincidência ou não, nunca mais viajei com o simpático casal.

Com tudo isto, apenas quero dizer que por causa de alguns inergumenos fumadores os outros com mais educação são de igual forma discriminados.

É que agora, não estranhem se algum dia, uma das condições de acesso a algum emprego seja a de ser – não fumador.

Se somos todos iguais aos “olhos” da Constituição Portuguesa, porque somos postos de lado ao sermos fumadores?
Compreendo perfeitamente que não se fume no local de trabalho, por uma questão de respeito e saúde dos demais, mas não significa menor rendimento de trabalho.
Piores são os funcionários, que passam grande parte do tempo no café a tomarem o interminável pequeno-almoço ou lanche, e na casa banho de banho onde se refugiam para passar o tempo, dormir ou…sabe-se lá a fazer o quê.


Alem disso, se o governo está empenhado no bem da saúde pública, então que crie locais específicos, nas empresas para os fumadores se poderem deleitar aos prazeres do fumo. É que todos os fumadores contribuem em muitos Euros, para os cofres do Estado ao comprarem um singelo maço de tabaco.

Por sua vez, os toxicodependentes, recebem subsídios por serem doentes, o que para mim não passam de uns viciados, mas se formos pela perspectiva da doença, então também o são os alcoólicos, os viciados em jogo, os fumadores e mais alguns.

Mas a esses, mesmo viciados, tudo lhes é proporcionado, até empregos nas Câmaras Municipais, além de tratamento para deixarem o vício. Para os que tiverem dificuldades em largar a droga, o estado patrocina as seringas e futuramente as famosas – salas de chuto. Tudo isto sem falar que grande parte destes “doentes” não desenvolve qualquer actividade profissional, auferindo apenas do rendimento mínimo obrigatório e que a actividade de Arrumador esta isenta de descontos. Enfim descontam uns para os outros…

Mas meus se ser fumador é uma condicionante para desempenhar ou ocupar determinada actividade profissional, será que o mesmo se aplica ao Parlamento e suas personagens?

È que se assim for vejamos os senhores deputados e ministros fumadores, sujeitos a perderem o seu cargo:

José Sócrates (Primeiro-Ministro)
Marques Mendes (Presidente do PSD)
Jerónimo de Sousa (Secretário-Geral do PCP)
Ribeiro e Castro (Líder do CDS/PP)
Luís Fazenda (Líder do Bloco de Esquerda)
António Costa (Ministro da Adm. Interna)
Mário Lino (Ministro das Obras Publicas)
Manuel Pinho (Ministro da Economia)
João Soares (Deputado do PS)
Paulo Portas (Deputado do CDS/PP)
Odete Santos (Deputada do PCP)
Miguel Portas ( Eurodeputado do Bloco de Esquerda)
Maria José Nogueira Pinto (Vereadora da C.M.Lisboa).

Mas, não acredito muito, para isso, existem salas próprias para os senhores deputados poderem fumar.
E assim, que um dia o Sr. Presidente da Assembleia da Republica for confrontado pela pouca presença de deputados na sala, já pode dizer que estão todos ou quase todos na “sala de fumo” e desta forma escusa de dizer que estão em viagens parlamentares e partidárias, quando o “Zé povinho” os vê em jornais e televisões a deliciarem-se em paradisíacas praias, com amigos e respectivas famílias.


Meus amigos, da mesma forma que o Governo está decidido a aumentar o preço do tabaco também está decidido em não acabar com o tráfico de droga e a deixar de sustentar parasitas da nossa sociedade. Porque é tanto o parasita que recebe como aquele que dá os subsídios.

AAAAAAAAAAAUUUUUUUU
AAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUU

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem realmente dá muito que pensar, eu não sou fumadora, mas imagino que para um fumador seja dificil de aguentar 7h ou mais sem pegar num cigarro so por estar no serviço. Claro que sou contra quem fuma perante um não fumador, eu sendo não fumadora por vezes sinto-me um pouco incomodada com o cheiro do tabaco, e o certo que fuma mais o que esta ao lado do que aquele que esta a desfrotar do seu "cigarrinho". Mas como nesta vida só não há solução para a morte, criarem sitios proprios para os fumadores era o ideal para todos se sentirem bem, e neste caso de certa forma realizados.
Mas veremos se algum dia o nosso governo ira investir nisso, coisa que eu duvido muito.

Cumprimentos meu caro Wolf

14 de agosto de 2006 às 19:24  
Anonymous Anónimo said...

É tudo muito verdade,mas que critica irónica vinda de um fumador!!Seria muito mais interessante ver o carissimo criticar-se a si proprio por ser fumador e poluir os demais.Aliás um fumador dependente não passa de uma certa forma de um toxicodependente,pena que ainda não haja subsidios atribuidos descaradamente aos fumadores dependentes,porque se o houvesse seriam muitos a aderir!!Mas nada de desanimos porque há hospitais que ja tratam o problema por "tu" e ajudam a deixar esse tipo de dependencia!!
E como as carteiras não andam tao recheadas assim..nunca se sabe quem pode ter de usufruir da "borla" para deixar o que não consegue por si próprio ou outras situações...sim porque nunca se sabe o dia de amanhã!!
As pedras dos sapatos alheios sao mais faceis de achar que as nossas proprias!

Saudaçoes Cordiais

15 de agosto de 2006 às 12:42  
Anonymous Anónimo said...

Caro Wolf!...

"A justiça, neste mundo, é como uma teia que apanha mosquitos e deixa passar pássaros".

Dando seguimento à "história" que nos relataste... vou antes debruçar-me sobre o problema da falta de educação de certas pessoas com "formação", que me parece bem mais grave que o problema dos que têm o vício do tabaco.
Falta de educação?... Encontra-se com frequência! Sempre achei que a humildade, as boas maneiras, o respeito pelos outros, ficam bem a qualquer um, mas... Conheço alguns indivíduos que depois de terem passado pela Faculdade transformaram-se nuns seres arrogantes, impacientes, estranhos... Saem com as cabeças "cheias" das lições e técnicas que aprenderam, mas esquecem-se que cá fora têm que se confrontar com o "resto" da humanidade!...
Dá que pensar!!!!!
Por isso Wolf, da mesma forma que te sentiste ignorado e desrespeitado por aqueles dois "seres cheios de si", muitos como tu, todos os dias são confrontados com gente dessa espécie... consequências da evolução no decorrer do (já) terceiro milénio!
Mas não desistemos! Sejamos justos e lutemos pela "diferença", já que as "maiorias" não nos satisfazem!!!

Força Wolf!!!
Um grande abraço.

J.Deere

16 de agosto de 2006 às 10:15  
Anonymous Anónimo said...

Meu amigo Wolf, como sempre as suas crónicas dão muito que pensar. Sobre o assunto desta, passo a comentar o seguinte. Sabendo que o meu amigo é fumador, muito prezo em saber que se preocupa com os espaços que todos os fumadores frequentam e os mesmos deveriam preocuparem-se para não incomodar quem neles andam e que nem sempre são fumadores. É de lamentar que se tenha encontrado num local tão pequeno, como um elevador, duas pessoas que mais do que ninguém deveriam cumprir a lei, os mesmos em vez ficarem calados porque no fundo o que estavam a fazer não era o correcto,os mesmo, ou melhor a senhora Drª. ainda ficou muito incomodada pelo facto de ter sido chamado a atenção do errado que estavam a cometer.
Realmente o mundo está de cabeça para baixo, mas também tenho sérias dúvidas que algum dia isto se modifique para melhor.
Falou, e muito bem do nosso governo criar "salas de fumo", será que isso algum dia vai existir? Já imaginou o parlamento ter essa mesma "sala", quantos deputados fumam? Que eu saiba são bastante, e como se costuma dizer "aonde vai um português vão logo dois ou três" imagine os deputados que fumam quando vem o vicio à flor da pele todos eles se retirarem para a dita "sala", o parlamento ficaria reduzido ao minino, e depois de puxar pelo ciagrrito vai também dois dedos de proza, e assim o tempo vai passando, e como o tempo é dinheiro, isso era capaz de ser prejudicial ao governo, pois esse tempo não iria ser descontado financeiramente nos deputados em causa.
Portanto isso é mesmo isto será mais um caso em que o governo terá mesmo que pensar muito bem.
Mas mais lhe digo, quando vir alguém a fumar em sitios que realmente sejam prejudiciais, meu amigo não se cale, acho muito bem que diga o que lhe vai na alma.

Um forte abraço
Pussy-cat

17 de agosto de 2006 às 19:34  

Enviar um comentário

<< Home