quinta-feira, abril 30, 2009

Vozes de burro não chegam ao céu

Caros amigos:

No passado dia 25 de Abril, comemorou-se os 35 anos da Revolução de 1974.
Como nos anos anteriores, as comemorações ocorreram por todo o País, umas com mais pompa e circunstância que outras.


Não vou falar propriamente da Revolução dos Cravos. Quando se deu, tinha 3 anos e consequentemente não sou um grande testemunho vivo. É evidente que influenciou a minha vida futura, parafraseando um amigo “Foi um momento que me marcou, mas não me lembro”.

Na minha opinião, com a obtenção da Liberdade a nossa sociedade ficou de tal modo embriagada, que actualmente abusa do significado de Liberdade. Haja Direitos…mas os Deveres, são esquecidos.

Mas vejamos o que os nossos jovens sabem, sobre os acontecimentos de Abril de 1974.

Prova oral da cadeira de Direito Constitucional, numa Universidade privada de Lisboa.

- O que aconteceu no 25 de Abril foi o início do regime autoritário salazarista. Mas quem subiu ao poder foi o presidente do então PSD, Álvaro Cunhal, que viria a falecer em circunstâncias misteriosas no acidente de Camarate.

-A revolução de 74 significou a queda de um regime militar dominado pelo almirante Américo Tomás e pelo marechal Marcelo Caetano, que governava o país depois de deposto o último rei de Portugal, Oliveira Salazar. O 25 de Abril foi uma guerra entre dois marechais: o marechal Spínola e o marechal Caetano.

Com estas respostas, nem no túmulo Salazar tem sossego, muito menos Álvaro Cunhal e Sá Carneiro.

A ignorância neste País atinge níveis descomunais, ainda mais quando se trata de um acontecimento da História do País. Será que só se lembram do 25 de Abri, por ser um feriado Nacional?

Onde anda a formação de História, nos estabelecimentos de ensino?

Mas esta ignorância, creio eu, é em quase toda a História Portuguesa. Os jovens reconhecem mais depressa o Sr. Obama que o falecido Álvaro Cunhal; sabe mais depressa a constituição de uma equipa de futebol do que quem foi D. Afonso Henriques, enfim…pior que a crise financeira é esta pobreza intelectual.

O mais burlesco de tudo isto é surgir o Sr. Sócrates, a anunciar que quer todos os Portugueses com o 12º ano de escolaridade.

No fundo não interessa ser ignorante o importante é ter-se averbado o 12º ano, no currículo e assim sair da cauda da Europa, no que se refere a habilitações literárias.

Será que o Sr. Primeiro-Ministro, não tem conhecimento destes factos?
Como diz o povo “Vozes de burro não chegam ao céu” e concertesa o Sr. Sócrates no seu paraíso não os ouve.


Creio que juntamente com os computadores Magalhães, cheios de erros, devia-se fornecer Manuais de História.

Ainda outro dia apareceu num noticiário e uma das minhas crias na sua ingenuidade logo se apressou a dizer:

- Pai, olha o Sr. Magalhães !!!

Eu corrigia:

- Não é Magalhães. É o Sr. Sócrates. Timoneiro deste País e desportista. Pratica atletismo, surf , fuma em aviões e além disso é sofista.

O que mais estranhou, foi eu ter dito que pratica surf.
Foi então que lhe expliquei, que pratica surf porque anda sempre na crista da onda.


E os dois soltamos um grande uivo.

É de lamentar que se fomente uma cultura oca, provida de conhecimento e cultura geral.

Mas o Sr. Sócrates é o verdadeiro praticante da cultura que apregoa,”mais vale parecer do que ser”. Poço de cultura e conhecimento, passou com distinção num exame efectuado num solarengo Domingo…

Com esta crónica, vou ocultar-me por matas e bosques, pois apesar da PIDE ter sido extinta, actualmente existe a censura democrática e a qualquer momento podem surgir os homens de negro do Sr. Sócrates na caça ao Lobo.

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