quinta-feira, outubro 12, 2006

Vitimas "inocentes"

Memórias de um Lobo Solitário
Olá meus amigos:

Recentemente li um comentário, do Sr. Inspector-Geral da Administração Interna, referente aos acontecimentos em que estiveram envolvidos elementos da G.N.R., em que este comentou que “mais vale deixar fugir a matar”.

Perante tal comentário, não posso deixar passar, sem eu próprio fazer o meu comentário. Pois quem escreve deve faze-lo livremente e sem medo de o fazer.
Meus amigos, se tal comentário, “pega moda”, Portugal transforma-se numa selva urbana.

Assim sendo, os Agentes de Autoridade, deixam de efectuar perseguições seja pelo o motivo que for, para assim evitarem uma morte.
E não me refiro a um recurso efectivo da arma de fogo. Pode eventualmente no decorrer de uma perseguição, os perseguidos terem um acidente e causarem a morte a algum cidadão ou eles próprios morrerem…Quem são os culpados??? Os perseguidos ou os seus perseguidores???

Por outro lado, os prevaricadores sabendo que não são alvo de uma perseguição, mais coragem têm para a prática de ilícitos e desobedecerem, ainda mais, á ordem de paragem dos Agentes de Autoridade.
Assim sendo, então ninguém parará ou muito poucos o farão, pondo-se em fuga pelo motivo mais fútil.

Relativamente ao elemento da GNR, que alvejou dois indivíduos em fuga, de um ponto de vista simplista, o culpado é o elemento da G.N.R. e vítima inocente ou o que lhe quiserem chamar é o cidadão em fuga.

É evidente que há vários tipos de criminalidade, a não violenta e a violenta, sendo esta última cada vez mais frequente no nosso País. Quem faz uso de armas de fogo, contra elementos policiais, fá-lo com a consciência de que as Autoridades têm limites legais relativamente ao uso das armas de fogo, aproveitando-se do facto.
Quem persegue, não sabe as intenções da fuga, se foge para com receio de ser interceptado e apenas quer fugir ou se no melhor momento ou sem hipótese de fuga possível, dispara contra elementos policiais.

Será que pretende “cabides fardados” ou Homens que dignificam a farda que usam? Homens e Mulheres, que com as dificuldades e carências, trabalham dignamente para manter a Ordem e Proteger o cidadão.

E o cidadão que cumpre, que obedece??? Como fica no meio disto tudo??
Como se sentirá o nobre cidadão, ao ver a sua viatura furtada e constatar que os elementos policiais não seguem no encalço dos marginais? Tudo isto para não pôr em risco a vida de ninguém…
Mas então, o cidadão, que paga impostos, que cumpre, não tem direito a protecção e segurança, por parte das forças da ordem???

Sr. Inspector, se a sua esposa ou sua filha, fossem assaltadas, será este um motivo para se efectuar uma perseguição desenfreada aos meliantes?
Sr Inspector, convido-o a me acompanhar, sem escolta policial, a um passeio pela cidade do Porto, para ter a noção da realidade, das dificuldades operacionais dos Agentes de Autoridade e assim ver o quanto custa ser um Agente de Autoridade, não de gabinete, mas de serviço de rua…e quanto é difícil ser Policia no Séc. XXI, com meios do Séc. XIV.

Nem sempre as vitimas são vitimas, por vezes há vítimas culpadas.

Quanto ao seu comentário, nada de conclusões precipitadas e não se esqueça Sr. Inspector….”Prognósticos…só no fim do jogo.”

AAAAAAAAAAUUUUUUUU
AAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUU

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Amigo Wolf!

Por experiência própria o "homem" não tem por hábito sair do conforto do seu gabinete!
De facto uma realidade que a todos assusta, mas, vivemos uma "sociedade estatística": somos, portanto, números trabalhando para números e com números!
Forte abraço!

23 de outubro de 2006 às 00:41  

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