quinta-feira, outubro 26, 2006

ÁS AVÓS

Memórias de um Lobo Solitário

Olá meus amigos:

Já aqui falei de muita coisa e de muita gente. Hoje vou falar das AVÓS.

As avós são dos seres mais abençoados e mais queridos que pode existir.

É com imensa saudade que recordo a minha avó.

Relembro-me que sempre que chegava a sua casa, estava no quintal a lavar a roupa no tanque, com sabão. Ainda hoje, gosto do cheiro do sabão, talvez por me fazer recuar no tempo.
Ela tinha sempre tempo para mim, conseguia parar tudo que estava a fazer, simplesmente para me escutar ou prestar a atenção.

No seu regaço me embalou, até parecia que o seu regaço tinha sido “feito” á minha medida, ali me enroscava e adormecia alheio a tudo e a todos. A sensação que transmitia era de tranquilidade e segurança.
Tudo isto ao som das suas musiquinhas por ela cantaroladas, ainda hoje não ouvi musica mais melodiosas do que as cantadas pela minha avó.

Enquanto me abraçava, eu podia sentir o seu calor e o seu cheirinho…sim porque as AVÓS são quentinhas e cheirosas…

As AVÓS contam as histórias mais incríveis, as verdadeiras, e as da imaginação, histórias que nos fazem pensar…rir…e até chorar. Histórias que nos deliciam e vão povoando as nossas mentes ainda pequeninas.

Além disso são as melhores professoras do mundo, elas ensinam-nos de tudo…desde das cores aos primeiros passos e palavras…elas sabem de tudo.

Ainda hoje me lembro das suas receitas, o cheirinhos dos doces, que se espalhava por toda a pequena casa e o quanto me lambuzava…o mais engraçado é que ainda hoje me continuo a deliciar com as bolachas que a minha avó me oferecia ao lanche, tomado em conjunto.

AVÓ é aquela pessoa que a quem nós recorremos, por ter sempre uma palavra certa para as nossas perguntas e uma resposta que procuramos há muito tempo.

Hoje dia, já não me enrosco no regaço da minha avó, já não sinto o seu calor nem o seu cheirinho, não por já ser “grande” ou pensar que já sei tudo, mas apenas por a minha avó já não estar presente.
Apesar de não estar presente, continua viva na minha memória e principalmente no meu coração, onde “habita” na sala do AMOR.

Vivemos pouco tempo em conjunto, mas o pouco tempo que vivemos foi intenso e recheado de puros sentimentos. Até nos meus momentos mais endiabrados, ela conservava sempre um sorriso…

Nos seus últimos momentos, contava eu com 5 anos, eu relembro com triste nitidez …relembro a doença que a acamou que lhe tirou a energia que tinha, mas nunca uma palavra, um sorriso e um aconchego para mim…

O seu ultimo fôlego, foi na minha presença e com ela foi um pedaço de mim…durante muitos anos lamentei a partida da minha avó e de uma certa forma ainda lamento, por não ter vivido mais anos para me poder ver crescer e eu continuar a sentir o calor do seu regaço.

Meus amigos, dava 10 anos da minha vida, para voltar a ser embalado no seu colo por 10 minutos.
Acham pouco?? O quê…??? 10 minutos ou 10 anos??? Pois….

As AVÓS, têm o dom de nos fazerem sentir sempre muito especiais, a minha tinha e concerteza as vossas também o têm.

Apenas quero aqui deixar o quanto me orgulho de ter tido uma avó, linda e amiga, como ela.
E deixar o meu tributo a todas as AVÓS do Mundo.

Feliz aqueles que ainda as têm.

AAAAAAAAAUUUUUUUUU
AAAAAAAAAAAAUUUUUUUUU


quinta-feira, outubro 12, 2006

Vitimas "inocentes"

Memórias de um Lobo Solitário
Olá meus amigos:

Recentemente li um comentário, do Sr. Inspector-Geral da Administração Interna, referente aos acontecimentos em que estiveram envolvidos elementos da G.N.R., em que este comentou que “mais vale deixar fugir a matar”.

Perante tal comentário, não posso deixar passar, sem eu próprio fazer o meu comentário. Pois quem escreve deve faze-lo livremente e sem medo de o fazer.
Meus amigos, se tal comentário, “pega moda”, Portugal transforma-se numa selva urbana.

Assim sendo, os Agentes de Autoridade, deixam de efectuar perseguições seja pelo o motivo que for, para assim evitarem uma morte.
E não me refiro a um recurso efectivo da arma de fogo. Pode eventualmente no decorrer de uma perseguição, os perseguidos terem um acidente e causarem a morte a algum cidadão ou eles próprios morrerem…Quem são os culpados??? Os perseguidos ou os seus perseguidores???

Por outro lado, os prevaricadores sabendo que não são alvo de uma perseguição, mais coragem têm para a prática de ilícitos e desobedecerem, ainda mais, á ordem de paragem dos Agentes de Autoridade.
Assim sendo, então ninguém parará ou muito poucos o farão, pondo-se em fuga pelo motivo mais fútil.

Relativamente ao elemento da GNR, que alvejou dois indivíduos em fuga, de um ponto de vista simplista, o culpado é o elemento da G.N.R. e vítima inocente ou o que lhe quiserem chamar é o cidadão em fuga.

É evidente que há vários tipos de criminalidade, a não violenta e a violenta, sendo esta última cada vez mais frequente no nosso País. Quem faz uso de armas de fogo, contra elementos policiais, fá-lo com a consciência de que as Autoridades têm limites legais relativamente ao uso das armas de fogo, aproveitando-se do facto.
Quem persegue, não sabe as intenções da fuga, se foge para com receio de ser interceptado e apenas quer fugir ou se no melhor momento ou sem hipótese de fuga possível, dispara contra elementos policiais.

Será que pretende “cabides fardados” ou Homens que dignificam a farda que usam? Homens e Mulheres, que com as dificuldades e carências, trabalham dignamente para manter a Ordem e Proteger o cidadão.

E o cidadão que cumpre, que obedece??? Como fica no meio disto tudo??
Como se sentirá o nobre cidadão, ao ver a sua viatura furtada e constatar que os elementos policiais não seguem no encalço dos marginais? Tudo isto para não pôr em risco a vida de ninguém…
Mas então, o cidadão, que paga impostos, que cumpre, não tem direito a protecção e segurança, por parte das forças da ordem???

Sr. Inspector, se a sua esposa ou sua filha, fossem assaltadas, será este um motivo para se efectuar uma perseguição desenfreada aos meliantes?
Sr Inspector, convido-o a me acompanhar, sem escolta policial, a um passeio pela cidade do Porto, para ter a noção da realidade, das dificuldades operacionais dos Agentes de Autoridade e assim ver o quanto custa ser um Agente de Autoridade, não de gabinete, mas de serviço de rua…e quanto é difícil ser Policia no Séc. XXI, com meios do Séc. XIV.

Nem sempre as vitimas são vitimas, por vezes há vítimas culpadas.

Quanto ao seu comentário, nada de conclusões precipitadas e não se esqueça Sr. Inspector….”Prognósticos…só no fim do jogo.”

AAAAAAAAAAUUUUUUUU
AAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUU