quarta-feira, agosto 09, 2006

WOLF

Nas histórias do Chapeuzinho Vermelho, Pedro e o Lobo ou Os três Porquinhos, o lobo é sempre apresentado como um animal cruel e selvagem, impiedoso, quase sempre estúpido, pelo que é o perdedor em todas elas.
Pelo contrário, a raposa é sempre esperta! Na verdade, o lobo pode ser feroz, matando algumas vezes mais ovelhas ou veados do que os que é capaz de comer.
Mas ele também é tão esperto como a raposa, provavelmente até mais.A história do lobo mau não é mais que um velho conto infantil, criado com o objectivo de fazer prevalecer essa ideia. Foi a partir do lobo que todos os cães evoluíram.
Actualmente, o lobo possui características marcantes que o separam do cão. Talvez a mais importante seja o modo como bebem água, enquanto o cão utiliza a língua para trazer a água à boca, o lobo sorve a água como se fosse um aspirador.
Algumas pessoas pensam que, em cada ninhada de lobos, um bebe como os cães, sendo depois abandonado pela mãe e afastado do resto da alcateia, e que esses animais terão dado origem ao cão e, posteriormente, ao cão domesticado.
Embora cace quase sempre sozinho, o lobo vive em alcateia. Em todas as alcateias há um líder, que é respeitado pelos demais e que guia todo o grupo pelo seu território. O número de animais em cada alcateia parece variar entre 3 a 5 indivíduos no fim do Inverno e entre 7 a 10 animais no Verão, após o nascimento dos lobachos.
Estas alcateias parecem ser compostas por dois animais reprodutores, por outros animais adultos e subadultos (descendentes ou não do par reprodutor) e pelos lobachos que nascem em cada ano.
As deslocações efectuam-se em geral durante a noite, período durante o qual os lobos são mais activos. Durante o ciclo de 24 horas, têm dois períodos de maior actividade, que coincidem com o anoitecer e o amanhecer.
A alimentação é muito variada, dependendo da existência ou não de presas selvagens e dos vários tipos de pastoreio presentes em cada região. As principais presas selvagens do lobo são o javali, o corço e o veado, e as presas domésticas mais comuns são a ovelha, a cabra, o cavalo e a vaca. Ocasionalmente também mata e come cães e aproveita cadáveres que encontra.
As suas tocas são buracos situados em zona de vegetação densa, debaixo de rochas, em grutas ou aproveitando e alargando tocas de raposa.
As lobas parem uma ninhada por ano, após um período de gestação de cerca de 2 meses. As crias, entre 3 e sete indivíduos, nascem com os olhos fechados e têm inicialmente necessidade constante dos cuidados maternais.
Por volta dos 11 a 15 dias de vida, abrem os olhos, mas só começam a ver relativamente bem já com várias semanas de idade. Nesta fase, as crias têm os seus movimentos bastante limitados, só movimento-se apenas junto à toca e com a progenitora sempre na sua proximidade.
Vivem um máximo de 15 anos Ao contrário do que se pensa, o lobo não é perigoso para o Homem, o Homem é que é um perigo para o lobo. Durante o século XIX, os lobos eram numerosos em Portugal, estando presentes em praticamente todo o território nacional. Contudo, já no início do século XX era visível o seu declínio e apesar do actual estatuto de conservação do lobo, os estudos até agora realizados sugerem que a sua população continua a diminuir Portugal.
Às causas históricas do seu declínio, como sejam a perseguição directa e a das suas presas selvagens pelo Homem, acrescem, nos últimos anos, as alterações de habitat (devido sobretudo à destruição da floresta) e a diminuição do número de cabeças de gado (devido ao abandono da pastorícia tradicional).
Embora protegido por lei, o lobo é capturado e morto ilegalmente, verificando-se, inclusivamente, o abate de lobitos nas tocas. Isto resulta do ódio que o lobo desperta por atacar os animais domésticos.
De facto, a escassez de presas naturais, provocada pela excessiva pressão cinegética sobre os cervídeos e pela destruição do seu habitat, leva a que, de facto, os lobos por vezes ataquem os animais domésticos. No entanto, em áreas onde as presas naturais abundam, os prejuízos provocados pelo lobo no gado são quase inexistentes.
Ao mesmo tempo, pensa-se que presentemente existam centenas de cães abandonados a vaguear pelo país, que competem com o lobo na procura de alimento e que com ele podem hibridar, sendo provavelmente responsáveis por muitos dos ataques a animais domésticos incorrectamente atribuídos ao lobo.
O lobo da Península Ibérica é uma subespécie do lobo cinzento (Canis lupus) e a sua população deve rondar entre 1600 e 1700 lobos; destes, 150 a 200 habitarão o nordeste transmontano.
Um pouco mais pequeno e leve que as restantes subespécies do lobo cinzento, o lobo ibérico mede entre 131 e 178 cm de comprimento (machos) e 132 cm e 165 cm (fêmeas) e pesa, no caso dos machos, entre 20 e 41 kg (média 32 kg) e, no caso das fêmeas, entre 20 e 36 kg (média 28 kg).
A pelagem é de coloração geral acinzentada, com a zona dorsal castanho-amarelada, mesclada de negro, particularmente sobre o dorso. A zona ventral é clara, de tom em geral branco amarelado. O branco da garganta prolonga-se nas faces. A cauda é acinzentada, com a ponta negra e tem ainda uma pequena mancha dorsal negra no seu terço superior. Apresenta manchas avermelhadas por detrás das orelhas e manchas mais claras no focinho e na garganta.
Os membros dianteiros apresentam, na parte da frente, uma faixa longitudinal negra. Os olhos são oblíquos e cor de topázio. A mudança de pelagem de Inverno para a de Verão ocorre em Março/Abril e o fenómeno inverso em Outubro/Novembro. que lhe confere maior capacidade de camuflagem.
Têm uma vista muito boa. Têm o ouvido muito agudo e um olfato apurado.
Em Portugal, não são muitos os sítios onde podem ser encontrados lobos em liberdade. O Nordeste Transmontano talvez seja o local onde mais facilmente poderá ter um encontro com estes belos animais. Também é possível encontrar alguns lobos no Parque Nacional da Peneda Gerês e no Distrito da Guarda, na Serra de Leomil, embora se pense que poderão apenas existir aqui uma ou duas alcateias.
Contudo, em Portugal os lobos estão a atravessar uma fase de declínio e a sua sobrevivência está ameaçada. Este declínio começou com uma caça intensa a esta espécie, e nos últimos anos, tendo a caça sido proibida, surgiram os envenenamentos.
Outro factor importante tem sido o facto de cada vez haver menos cervídeos em liberdade e essa era a sua maior fonte de alimento. Os fogos florestais vão reduzindo o território e o número de presas, e os lobos passam então a ter de se alimentar de gado, sobretudo ovelhas, provocando enormes prejuízos aos pastores, que vêm assim os seus rebanhos dizimados. Apesar de estar contemplado que esses serão monetariamente recompensados pelos danos, o facto de os pagamentos demorarem muito tempo leva a que alguns achem que a única solução é acabar com os lobos nas suas zonas de pasto.
Pensa-se que, em território português, pode haver cerca de 200 lobos, talvez um pouco mais. Pois é..pensavam que vinha aí algo sobre o WOLF e não sobre os Lobos...é que além de timidos os Lobos também são reservados

AAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUU AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUU



4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem antes de mais quero dar os parabéns ao caro Wolf por finalmente ter tido a iniciativa de criar o seu próprio blog, para as suas crónicas. Acho que o blog está muito bem organizado e que certamente irás ter imenso sucesso e vão haver muitas pessoas que vão dar valor as tuas crónicas, histórias e opiniões.
A única coisa que te desejo é muito sucesso, e que isto signifique o começo, de quem sabe, uma nova carreira.
Beijos desta que nunca se esqueçe de ti.

9 de agosto de 2006 às 21:18  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

10 de agosto de 2006 às 15:55  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

10 de agosto de 2006 às 16:01  
Anonymous Anónimo said...

Grande WOLF:

Grande pela coragem, pela força que tiveste em dar este grande passo, de criares este espaço para poderes "desabafar" à tua vontade, e dar-nos também a nós esse à vontade, pois como sabes, não és o único "solitário" à face da Terra...
Nunca gostei que me "calassem" ou "medissem" o que tenho para dizer, e por saber que fazes parte do meu "grupo"... cá estou eu para te apoiar!...

"A Amizade é simplesmente a amável concordância em todasas questões da vida".

Um forte abraço.

J. Deere

10 de agosto de 2006 às 16:18  

Enviar um comentário

<< Home