segunda-feira, outubro 20, 2014

A origem do Ritual do Lobo (Lenda Nativa Americana)


(Enquanto procede á leitura, ouça a musica)



Há muito tempos atrás, uma jovem da tribo, juntamente com três companheiras, percorriam os bosques, fora da aldeia nativa.

Elas iam para um local, chamado Tomak'cluh, em busca de uma planta, de nome ah-et's'l. A raiz, desta pequena planta, era habitualmente utilizada na alimentação da tribo.
Durante o trajeto, avistaram um Lobo, a correr com toda a sua elegância e de poste majestoso, que não se apercebeu das meninas.

Foi então que uma das meninas, disse: Como é bonito ! Quando casar quero um marido assim...forte e sem medo”

Depois da colheita, as meninas regressaram á aldeia.

Quando a noite, cobria com o seu manto toda a aldeia da tribo, o Lobo entrou sorrateiramente na tenda da jovem.

O Lobo é uma criatura, com capacidade para ler os pensamentos dos humanos, o que os torna criaturas únicas á face da Terra.

Enquanto observava a jovem deitada no seu leito, o Lobo acariciou-lhe o rosto e disse-lhe: Anda comigo !!, foi então que a jovem despertou e quando abriu os olhos, viu um jovem rapaz, bonito e possante.

E assim, partiram os dois em direção á montanha.

No outro dia, o pai da jovem, dando conta da sua ausência procurou-a por toda o lado mas sem sucesso, ficando perturbado com o seu desaparecimento.


Os anos foram passando e a jovem menina, já mulher, deu á luz dois filhos, que cresceram tornando-se o mais velho Homem e o mais novo Lobo.
Foi então que certo dia, o filho mais velho que tinha nascido para ser Homem, perguntou á sua mãe, a razão de ser diferentes dos outros (lobos).

Foi então, que a sua mãe lhe explicou que ela veio de um outro lugar, um sitio longe da terra dos Lobos, onde habitava com sua tribo.
Tudo isto, aguçou a curiosidade do rapaz, ao ponto de pedir á sua mãe que gostaria de visitar a aldeia.

Isto originou que toda a Alcateia reunisse , chegando a um consenso, que foi que tanto o jovem como a sua mãe poderiam regressar á tribo, mas apenas com a condição se lhes ser ensinado o KLUKWANA ( o ritual Lobo).

Quando ambos, aprenderam tudo sobre o ritual, todos os lobos acompanharam-nos ate á aldeia.

Chegaram de noite, pois a noite é o mundo dos lobos, ao avistarem a aldeia apenas seguiu o jovem rapaz com a sua mãe, enquanto a Alcateia os observava a afastarem-se.

Ao chegarem á aldeia, dirigiu-se á cabana de seu velho pai, que ficou surpreso com a sua presença.
E começou a contar toda a sua história, teve um Lobo como marido, e que tinha dois filhos, um Homem outro Lobo. Contou ao seu pai muitas coisas sobre os lobos, e que toda a tribo não deve respeitar e nada fazer, muito menos prejudica-los, quando os lobos uivarem. Em vez disso, deve tentar aprender com os Lobos.
Revelou-lhe que agora ela ia, iniciar um ritual, uma "canção" alusiva de que os lobos a trouxera de volta.

Seu pai, reuniu toda a tribo da aldeia e assim todos juntos, iniciaram o ritual, os Lobos ao ouvirem a musica, uivaram quatro vezes e partiram.

Ao longo do tempo, ensinou tudo sobre o pai Klukwana, e os segredos que ela tinha aprendido com os lobos quanto ao seu poder e força.

Posteriormente, seu pai transmitiu todos estes ensinamentos á sua tribo, tornando o Klukwana, como um ritual cerimonial, em honra e respeito pelos lobos.

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sexta-feira, outubro 17, 2014

Mudança !

Para uns o fim do dia...um recolher....para mim o recomeço da noite, na qual me deleito com o esplendor do fulgor da Lua e delicio-me com os seus aromas caraterísticos.

A noite chega e nada me poderá deter, para me envolver no seu manto.

Sempre fui apaixonado pela Liberdade e a noite consente-me esse sentimento...
Andar por caminhos novos, enfrentar perigos, conhecer novos amigos e espalhar fraternidade por
onde eu for.

A noite é única, é na noite que vivo...será na noite que hei-de desaparecer....no entanto deixarei a minha marca na noite para a eternidade.

Minha alma continua omnipresente a vaguear pelo bosque, meu uivo ecoará pelas montanhas para o infindável.

Mas nunca se esqueçam que um Lobo nunca morre, apenas desaparece.

E só voltará por algo que valha a pena, algo que lhe agite a pressão sanguínea, lhe acelere o coração e que faça despertar o seu instinto animal...só assim ele voltará.

Caso contrário, ele continuará oculto na bruma da noite, será para vós uma imagem perdida no nevoeiro, uma sombra enigmática...não o fitam, mas conseguem sentir a sua presença...

Apesar de ser um Lobo solitário, não sou uma criatura abandonada, e sigo em frente ciente dos caminhos a percorrer, para alcançar a minha Alcateia.

Como animal selvagem nunca mudarei a minha essência, no entanto poderei me transformar para me entregar ao Amor.

Contudo, continuarei a ser um predador e meus olhos de caçador, apenas mudam o objetivo a focar....o Amor!

Mas para isso, é preciso ser forte...o quanto eu queria ser forte!

Por vezes, precisamos ser fortes mesmo que isso magoe alguém, precisamos tomar a decisão certa, porque se assim não o for por vezes é pior, pois mais vale ser feliz do que fingir uma felicidade fictícia.

Mas queria ser forte, mas foi com os erros e as feridas, que aprendi que não se deve magoar ninguém e que é doloroso ser ignorado e maltratado, ser largado para trás e apenas lembrado quando precisam de mim.

Olhar para trás e vêr o quanto fiz por tanta gente, abdicando de tanta coisa, fazer os possíveis e os impossíveis, apenas para ver os outros felizes...para no fim... voltar a sair ferido.

Eu queria ser forte, mas por vezes, esta alma solitária é mal interpretada e apenas avaliada pelos defeitos, em que por vezes muitos se esquecem de observar o lado bom.

Todos nos temos um lobo bom e um lobo mau, dentro de nós...tudo depende qual o que tu alimentas.

Quero ser forte, para ser feliz sem mendigar nem implorar. Percorrer diariamente bosques e montanhas, sem que seja magoado e muito menos magoar alguém.

Mas eu não sou forte, não consigo ser diferente...sou assim mesmo, quem sabe um dia eu aprenda a ser forte e a pensar mais em mim.

Quem sabe, se um dia não encontre uma alma solitária que me faça forte e feliz, como eu quero fazer alguém.

Ou então, esteja predestinado a deambular solitariamente e a ser feliz assim ...quem sabe...

E assim dia após dia, é mais uma página escrita no livro da minha Vida.






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sexta-feira, outubro 03, 2014

O TEMPO...QUANTO TEMPO TENS ?




O bosque me chama...e a mim apenas me compete, responder ao seu apelo!!

Mais um noite a vagabundear pela noite, tendo como companhia....apenas a solidão!

Na memória passada, o uivo de uma loba a me invocar, em uivos doloridos de saudade.

Mais uma noite vagabundeada, com o espectro do teu uivo.....

Que me queres? Esse teu uivo de apelo e lamento...apenas me solicita para esperar pelo Tempo!!!

Pergunto ao Tempo, quanto tempo mais me reserva....

Mas nem o Tempo, sabe quanto tempo tem....
Maldito Tempo...que nem tu sabes quanto tempo terei de esperar...

Apenas me pediram Tempo....mas nem mesmo esse uivo lamurioso, sabe a dimensão do Tempo.

Assim, dando tempo ao Tempo...vou solitáriamente e penosamente...aguardando pela ansiada chegada do Tempo.

A alma solitária não teme o Tempo, nem a espera . . . mas para um coração apaixonado a espera é torturante, muito mais doloroso, quando não se sabe quanto Tempo o tempo tem....

Infortúnio de sina....esperar pelo Tempo....

Não sei o que os Deuses, me reservam para o futuro...apesar disso eu vou aguardando ansiosamente, pelo terminus do Tempo.

Mas quem sou eu para pôr em causa a longevidade do teu apelo....


Enquanto espero....vou-me contentando com o teu espectro e o teu uivo ….





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