quarta-feira, maio 23, 2007

Recordar também é viver

Memórias de um Lobo Solitário


Olá meus amigos:

Uma vez mais vou aqui transcrever mais um episódio da vida do Wolf.
Muito recentemente, resolvi ir tomar café, a um local onde cresci e por conseguinte recuar uns bons 20 anos no tempo.


Apesar de toda a nostalgia e recordações do local, ao longo de uma fase boa da vida. Por breves instantes, revi na memória velhos e fiéis companheiros de “viagem”, brincadeiras e aventuras, desgostos e alegrias de amor, próprias da idade.

Mas nada acontece por acaso, assim creio eu, e ao ceder ao apelo para naquele local, parar e saborear um café, com um cheirinho a saudade, algo de inesperado aconteceu.

Aquando estacionava a minha moto, com muito cuidadinho e amor, estaciona mesmo ao meu lado, um vistoso e imponente Porche Boxter, não reparando quem se encontrava no seu interior.

Por coincidência, ao entrar no café, simultaneamente com o condutor do modesto veiculo, o capacete que eu levava na mão, bateu no seu braço.

Como manda as regras da boa educação, pedi desculpa e ao cruzarmos o olhar, ficamos fixamente olhar um para o outro. Aquele rosto gordo e pálido era-me familiar e de imediato, voltei a recuar ao tempo de infância e reconhecer a personagem que fez parte daquele capítulo, da minha vida.

Delicadamente, disse – Acho que o conheço.
Por sua vez, ao estilo que sempre o caracterizou cheio de etiquetas e boas maneiras, sem perder a postura, também disse: Sim...Pois tu moravas junto ao quiosque, o teu irmão é o ####.
Pois, ele do meu irmão, nunca mais se esqueceu, pois um celebre dia, eu fiz questão, que ele nunca mais se esquecesse, quem era o irmão do meu irmão e pelo vistos a terapia resultou, mas isso foram águas passadas e coisas de miudagem.

Eu observava-o, os calções haviam sido substituídos por uma calça de fato e o laço do colégio pela gravata, ganhando além da idade umas gorduras extra.

E lá fomos, um café solitário transformou-se num café a dois.

O meu amigo estava de bem com vida, aliás como sempre esteve. A ele, filho único, competia-lhe gerir o legado do pai, que havia sido passado a este, pelo seu avô.

Enquanto, lá em casa havia uma bicicleta para dois, ele tinha duas bicicletas só para ele; enquanto eu tinha um par de sapatilhas que tinham que durar o ano escolar todo e o Verão e umas galochas azuis com as solas amarelas, para a chuva...lembram-se desse modelo de galochas??? ... ele tinha umas boas botas de cabedal, bem duras e pesadas, diga-se de passagem.

Mas, não era por não ter, que me inibia de divertir, fazer amizades e ser feliz. Mas o meu amigo, por ter tudo aquilo que tinha, teve acesso mais rápido ao nosso grupo, principalmente porque ele tinha uma bola de couro, na época rara e inacessível, para a malta, pois jogávamos com uma bola de borracha, que saltava mais que uma bola saltitona.
Como é evidente, de imediato passou a ser titular com a entrada da equipa no campo...e após cinco minutos de jogo, passava a titular ao banco de suplentes.
Sendo um bom desportista, mesmo no banco, não deixava de torcer pela sua equipa, não parando de gritar:
- Quero jogar, a bola é minha !!!!!!!

Como os jogos eram emotivamente bem vividos, ninguém o ouvia. Só parávamos, quando ele, tipo arbitro parava o jogo, não para assinalar falta ou penalty, mas sim para recolher a bola e fugir com ela, para casa. No fundo, foram bons momentos da vida, em que se vivia despreocupadamente e inocentemente.

Regressando ao café, o meu amigo, falava da sua empresa, dos negócios, da situação económica e politica do país e como tal situação o afectava
Ele falava enquanto eu o escutava e observava. Discursava, friamente e distante, poucos ou nenhuns sentimentos haviam em suas palavras.
Quando terminou, perguntou:

- E tu????
Eu, enquanto calmamente, acendia um cigarro, respondi:

- Eu???...Eu, além de estar de bem com a Vida, fui abençoado por Deus !!!

Ao terminar, de imediato não pude deixar de observar a cara de espanto do meu interlocutor, e prossegui:

-Sim...tenho 3 filhos maravilhosos, que me abraçam e se sentam ao meu colo, quando chego a casa e aos quais, tento ensinar o valor da Vida e dos seus valores morais. Uma esposa que me ama e que me acompanha e apoia ao longo da vida. Por isso, considero-me uma pessoa afortunada e abastada em ...Amor.

Meus amigos.... a reacção dele, foi deitar os olhos ao chão, inventar um compromisso esquecido, cumprimentar e sair, sem antes dizer que pagava os cafés.

Mais uma vez na vida, aprendeu a lição.
Concerteza que não se vai esquecer deste reencontro e do café, da mesma forma que há 20 anos atrás, aprendeu a não se esquecer do irmão do meu irmão.

AAAAAAAAUUUUUUUUU

AAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUU


quarta-feira, maio 16, 2007

As três Rosas

Hoje resolvi publicar mais um conto infantil.
Mas esta pequena história, não é da minha autoria, apenas lhe dei umas pequenas correcções, isto claro, com a devida autorização da sua autora.
A essência e moral da história, as personagens foram tudo fruto da imaginação da criadora.
Este é o primeiro conto “publicado”, pela autora, a minha filha Bárbara, que me pediu para a história ser publicada neste espaço.
Como é evidente é com muita honra e orgulho que o faço.






AS TRÊS ROSAS



Era uma vez três rosas, a Rosa Vermelha; a Rosa Branca e a Rosa Amarela, todas elas irmãs.
A mais velha era a Rosa Vermelha e a mais nova a Rosa Amarela, resta a Rosa Branca, que era a irmã do meio.


Certo dia, depois de fazerem os deveres da escola, resolveram ir as três passear. E lá foram.
Com o passeio e as brincadeiras, nem deram conta do tempo passar e chegaram a casa muito tarde, já a noite ia alta.

No dia seguinte, as três irmãs tiveram que se levantar cedo, para irem para a escola e como dormiram pouco, foram as três cheias de sono.
Durante as aulas, a Rosa Vermelha, adormeceu e a professora vendo-a dormir, colocou-a de castigo. Passando-se o mesmo com outras Rosas.

Depois desse dia, as três irmãs aprenderam a lição de nunca mais se deitarem tarde, nem adormecerem nas aulas.

sexta-feira, maio 11, 2007

Conto Infantil da Toca do Wolf

Contos infantis da Toca do WOLF

Olá pequenos amiguinhos:

O vosso amigo WOLF, resolveu escrever assiduamente, mais histórias infantis, atendendo assim aos pedidos dos leitores mais pequeninos, em especial da minha filha Bárbara, leitora habitual e critica apurada.

E por isso, aqui vai mais uma pequena história, à qual dei o nome:

AS DUAS IRMÃS.

ERA UMA VEZ, duas irmãs que viviam com os seus pais, junto a um grande bosque, povoado dos mais variados animais e aves, onde reinava a serenidade e a paz.
Esta acalmia só era quebrada, quando as duas meninas, apesar de serem irmãs se desentendiam.

Com o passar do tempo, as birras das duas meninas eram cada vez mais frequentes e provocadas pelos mais variados motivos, facto que desagradava ao pai e que lhes dizia:

- Meninas, tenham calma !!! Vocês são irmãs e devem-se entender. Lembrem-se minhas filhas, por vezes só damos o devido valor ás coisas, quando não as temos.

Com as palavras do pai, ambas as meninas riam, no fundo sem entenderem muito bem o que o pai pretendia dizer com tais palavras.

Certo dia, a mais pequena resolveu ir brincar para o quintal.
Enquanto brincava, viu uma linda borboleta a esvoaçar, saltitando de flor em flor.

- Que linda borboleta! Espera, quero brincar contigo! – Dizia a menina, enquanto corria atrás de borboleta.

Durante esta correria toda, a menina chegou á borda de um límpido e calmo rio e olhando em seu redor, apercebeu-se, que se tinha perdido e que não sabia o caminho de regresso a sua casa.
Foi então, que viu um pequeno sapo, e resolveu ir ter com ele.

- Ó sapo, sabes o caminho de regresso a minha casa??? – Perguntou ela.
- Lamento pequenina, mas não sei o caminho !! – Respondeu o sapo, com a sua voz grossa.

Desorientada, a menina resolveu seguir em frente e ver se encontrava alguém que lhe indicasse o caminho para sua casa.
De repente, no alto de uma árvore, viu o Sr. Mocho e a menina perguntou:

- Sr. Mocho, como vives ai no alto da árvore e és o mais sabichão do bosque, sabes o caminho de regresso a minha casa???

O Sr. Mocho, no alto da sua árvore, olhou em redor, pôs-se a pensar, voltou a olhar em redor e disse à menina:

- Bem...bem...minha menina, eu bem gostaria de te ajudar...mas desconheço o caminho para tua casa.

A menina ficou muito triste e resolveu continuar mais uma vez em frente. Quem sabe se não é aquele o caminho de regresso.
Depois de muito andar, surge á sua frente o Sr. Lobo.

- Aiiiiii, que medo! Está ali o Sr. Lobo. – Pensou a menina
Mas, encheu-se de coragem e perguntou ao Sr. Lobo:
- Sr. Lobo, ando perdida no bosque, sabes o caminho de regresso a minha casa??
- Por muita vontade que tenha em te ajudar, nada posso fazer porque desconheço o caminho para a tua casa – Disse calmamente o Sr. Lobo.

Enquanto isso, a sua irmã andava preocupada à sua procura, até que observando o bosque, com receio, decidiu aventurar-se para o seu interior á procura da sua irmã.

Depois de muito caminhar, sempre cheia de medo, mas decidida em encontrar a sua pequena irmã, viu-a sentada numa pedra a chorar.

Quando se reencontraram, abraçaram-se e juntas regressaram a casa.
Desde esse dia, as duas irmãs nunca mais se desentenderam e compreenderam as palavras de seu pai.

Esta história é dedicada a todos os meninos e meninas, da turma da Bárbara.

AAAAAAAAUUUUUUU
AAAAAAAAAAUUUUUUUUU